Estoque Parado? O que fazer para evitar esse prejuízo

Estoque
Reorganização do estoque, automatização e avaliação periódica do inventário são algumas das soluções mais eficazes.

É um pensamento máximo na operação: todos os produtos precisam se transformar em dinheiro. Sem esse resultado final, as empresas acabam não honrando seus compromissos com fornecedores, colaboradores, clientes e prejudicando o investimento na organização e no lucro do proprietário.

Um dos principais motivos é o estoque parado. A não comercialização destas mercadorias pode acarretar em perda de investimento, multas e até mesmo em prejuízos financeiros que, geralmente, não são solucionados a curto prazo. Em um supermercado, o estoque precisa estar sempre atualizado e bem monitorado para garantir o equilíbrio entre manter o abastecimento do salão de vendas e evitar o estoque parado.

Listamos as 5 piores consequências de ter o estoque parado:

1- Baixa Liquidez: a empresa investiu dinheiro na compra de mercadorias para gerar faturamento futuro. Com o estoque parado, a vendas são incapazes de suprir esse investimento, se tornando prejuízo.

2- Endividamento: com o estoque parado, a empresa não consegue fazer o escoamento dos produtos e nem adquirir novas remessas. Portanto, não há um ciclo de caixa, o que inviabiliza a saúde financeira e obriga a companhia, muitas vezes, a recorrer aos empréstimos bancários para honrar seus compromissos.

3- Manutenção de estoque: é necessário realizar manutenção do estoque periodicamente. Para cumprir a necessidade de espaço e funcionários, essa ação gera custo.

4- Perda de produtos: enquanto são mantidos guardados no estoque, os produtos podem sofrer avarias e/ou perder sua validade para o consumo, gerando prejuízos.

5- Perda de investimento: por ter o estoque “cheio”, as empresas acabam perdendo a oportunidade de aproveitar as vendas por sazonalidade, por falta de espaço para armazenamento.

Como evitar essa dor de cabeça?

O recomendado, segundo a Abrappe (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas), é fazer uma profunda avaliação sobre a movimentação da empresa, do giro de produtos e, inclusive, das boas práticas utilizadas no mercado. Segundo a associação, é crucial implementar uma política de dados para esse setor.

“Muitos gestores vão no feeling ou estimativas, o que é arriscado. O recomendado é sempre medir as suas ações pelos dados, com algo real e, assim, garantir eficiência”, disse Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe, que reforçou os resultados da pesquisa Abrappe/KPMG 2024.

Segundo números da Abrappe, o índice médio de perdas no varejo foi de 1,57% na receita líquida, representando uma perda de R$ 34,9 bilhões no último ano. Vale ressaltar que, em 2022, esse mesmo índice estava em 1,48% e, portanto, o resultado divulgado pela associação em 2024 foi de um aumento de 6% com relação a 2023.

Os sistemas de gestão podem auxiliar nesse processo. Eles fornecem relatórios gerenciais que facilitam a análise do mercado e do próprio negócio. Além disso, treinamentos voltados à prevenção de perdas podem auxiliar os supermercados nessa questão.

E você, supermercadistas, o que têm feito para manter seu estoque funcionando em equilíbrio?

Por Publicado em: 30 de setembro de 20240 Comentários