Como o aumento da taxa de juros impacta seu dinheiro e suas compras

Aumento da taxa Selic pode inibir parcelamento de compras
Copom elevou a Selic para 11,25% numa tentativa de controlar a inflação
Aumento da taxa Selic pode inibir parcelamento de compras

O Comitê de Política Econômica (COPOM), do Banco Central, elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual para 11,25% ao ano. A alta foi a segunda consecutiva e, apesar de antecipada, traz impactos significativos para os investimentos. A decisão representa a maior alta dos juros básicos desde maio de 2022 – ou seja, em dois anos e meio.

Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros, ele está tentando controlar a inflação. Com juros mais altos, o custo do crédito sobe, o que pode reduzir o consumo e o investimento das pessoas e empresas. Isso ajuda a desacelerar a economia, evitando uma alta acelerada dos preços.

O consultor econômico da ASSERJ, William Figueiredo, avalia, porém, que a perspectiva é de mais inflação em 2025. Isso por conta do maior crescimento econômico, da desvalorização da moeda brasileira, do aumento dos gastos públicos e da maior inflação este ano, que vai direcionar o reajuste de tarifas e salários no próximo ano. Além de questões climáticas, que impactam os preços de diversos setores como alimentação e energia, ele enumera.

“Para os supermercados, mais juros representam maior custo operacional e menor poder de compra para a população. É preciso monitorar, sobretudo, as margens, o valor médio de compra e as substituições de produtos e marcas”, destaca.

Em nota publicada em seu site, o BC explica que “o ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos (que acabaram de eleger o presidente Donald Trump), o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do FED (Banco Central americano)”.

No texto, o Comitê reafirma que “uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.”

O COPOM costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da Selic. O colegiado vai se reunir mais uma vez, nos dias 10 e 11 de dezembro. E, claro, teremos matéria no nosso site para mantê-lo bem informado sobre esse importante tema!

Por Publicado em: 7 de novembro de 20240 Comentários