Cesta Básica no estado do Rio de Janeiro tem segunda queda consecutiva, veja o valor
Números apontados pelo Dieese atestou mais uma retração no valor dos alimentos que compõe a cesta básica de alimentos fluminense
O valor da cesta básica, medido pelo Dieese, no estado do Rio de Janeiro, caiu cerca de 1,6% no último mês. Esta foi a segunda queda consecutiva nos preços dos alimentos, apontando uma deflação na capital fluminense. Revelou o relatório da consultoria econômica da ASSERJ, Future Tank.
Segundo a análise, a capital do Rio de Janeiro percebeu uma retração, em agosto, nos preços do tomate, da batata e do feijão. Entretanto, o café teve um aumento no preço puxado pelo encarecimento do valor do grão no cenário internacional e as oscilações da colheita em decorrência das mudanças climáticas.
Todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese registraram deflação em agosto. O Rio de Janeiro ficou com a quarta menor queda dos preços no último mês. O valor da cesta básica no RJ ficou em R$ 745,64 em agosto, e passou a ser a terceira mais cara do Brasil, sendo superada pelas capitais de São Paulo (R$ 786,35) e Santa Catarina (R$ 756,31).
“No acumulado do ano até agosto, o valor da cesta básica aumentou 1,0% no Rio de Janeiro (RJ). Foi o quinto maior crescimento no ano dentre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, superior à média nacional (+0,1%)“, afirmou William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ.
Recuo no desemprego fortalece setor
A queda no preço dos alimentos acontece em um momento em que ocorre o recuo gradual da taxa de desemprego, segundo números do CAGED, que apontaram uma retração de 6,8% no último mês. O resultado foi de um trimestre, encerrado em julho, com 1,1 milhão de desempregados a menos do que no mesmo período de 2023.
Para Fábio Queiróz, o setor de supermercados está conseguindo manter o ritmo de crescimento, mesmo com as mudanças nos preços das commodities causados pelas mudanças climáticas, “observamos que as vendas de supermercados estão estáveis e aos poucos o fortalecimento do setor acontece em meio às incertezas que vêm do campo, e que exigem a nossa atenção”, afirmou.
Os números dos preços dos alimentos e do desemprego também revelam um cenário positivo para os supermercados a nível nacional, “nessa conjuntura, uma menor pressão sobre os preços dos alimentos tem permitido ao consumidor não apenas adicionar mais itens à cesta de abastecimento, como também fazer algumas substituições, a exemplo da maior presença da carne bovina na cesta de proteína animal”, explicou Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS, em conversa exclusiva com a ASSERJ.
O indicador de consumo dos lares brasileiros da associação também apontou uma aproximação da projeção anual do setor, com um crescimento de 2,5%, no encerramento do período de janeiro a julho com alta acumulada de 2,39%. A previsão é que o “consumo no segundo semestre seja impulsionado por datas importantes como o Dia do Supermercados que será celebrado em 9 de novembro e as festas de final de ano”, completou.