Banco Central ignora pressão do Governo e mantém Selic em 10,5%

Banco Central
Decisão unânime do Copom atendeu às expectativas do mercado e interrompe ciclo de queda dos juros

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) quebrou um ciclo de cortes de juros e manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 10,50% ao ano. A decisão cumpre a expectativa criada por analistas do mercado e frustra o Planalto, que contava com o voto de Gabriel Galípolo, um dos cotados para a vaga de presidente da instituição.

Entenda: A taxa Selic é a taxa básica de juros do Brasil, usada por instituições financeiras como um parâmetro para aplicações financeiras e outras movimentações econômicas.

A votação foi unânime, conforme apontavam as expectativas do mercado, surpreendendo até mesmo a ala mais radical do governo. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, conseguiu reverter a pressão do governo e obteve uma importante vitória nos bastidores, “O cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas [em relação à meta] demandam maior cautela”, afirmou.

Desde cedo, quando o mercado passou a reagir aos ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central, o dólar chegou a ser cotado em R$ 5,47. Vale ressaltar que, em 2024, quando termina o mandato de Campos Neto no BC, o Copom terá mais quatro encontros: 30 e 31 de julho, 17 e 18 de setembro, 5 e 6 de novembro e 10 e 11 de dezembro.

Por Publicado em: 19 de junho de 20240 Comentários