Associado da ASSERJ, Luis Jairo Jr, explicou como a inteligência artificial pode mudar o varejo

Painel do Conecta Varejo lotou para apresentar o tamanho que IA terá no mercado varejista no futuro

“O varejo precisa entender o uso da inteligência artificial”, com essa fala, o Head de T.I do Supermarket, Luis Jairo Jr, abriu um dos painéis mais aguardados no quarto e último dia do Conecta Varejo | Rio Innovation Week 2024, abordando o uso da IA no varejo. O executivo esteve ao lado de Alaor Garcia, gerente comercial da Nvidia, Allan Miranda, Fundador e CEO da PX.DATA e Juedir Teixeira, presidente do conselho de varejo da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

“O grande problema que temos hoje em dia são os silos de informação, essas ilhas que acontecem nos times que não são integrados e ai joga sobrecarga em cima do cara que precisa ficar alimentando planilhas de dados”, afirmou Allan Miranda, ao explicar que o uso da inteligência artificial permite que as pessoas otimizem o colhimento de informações sensíveis garantindo assertividade nos números e a segurança dos dados.

Na prática, o uso das IAs generativas podem “digitalizar o elemento humano das tarefas que podem ser delegadas”, permitindo que se crie times de inteligência artificial para a realização de tarefas mais fáceis, por exemplo, treinar uma equipe de IAs para o primeiro atendimento ao cliente dos aplicativos de supermercados, retirando o colaborador dessa função.

Segundo Juedir Teixeira, o varejo supermercadista pode ter sua produtividade máxima com o uso de inteligência artificial na gestão de categoria. “Com a IA, identificamos que os principais consumidores de fralda pequena gostavam de comprar cervejas em uma mesma ida ao supermercado. Depois, o consumidor da fralda média, mudou os demais produtos, e o da fralda grande também. Ou seja, com esse insights tirados da IA, colocamos cervejas próximas do corredor de fraldas, e impactamos positivamente as vendas”, disse.

“Então quando eu vejo informações sensíveis através de um analytics, precisamos seguir três pilares: dados, ferramentas de inteligência artificial e o terceiro componente muito importante que são as pessoas que saibam fazer”, afirmou Alaor Garcia. O executivo da NVIDIA bateu na tecla de que é necessário entender o negócio, onde é mais necessário otimizar os resultados para depois conseguir pegar a melhor resposta.

Segurança dos dados

Um dos grandes motivos para a desistência de varejistas em entender o mundo da inteligência artificial é a questão da segurança, principalmente, com o uso do ChatGPT, “Não se deve entregar dados sensíveis ao ChatGPT. É como entregar o ouro para o bandido”, pontuou Luis Jairo.

O executivo explicou sobre a necessidade de entender que a inteligência artificial generativa da OpenIA e outros modelos parecidos, são compostos por um grande banco de dados generalista que mantém e armazena todas as informações como respostas públicas aos seus usuários.

Em conversa exclusiva com a ASSERJ, na saída do palco, Luis Jairo comentou que a questão da segurança ainda é um entrave para os supermercados, “É claro que existe essa desconfiança. A principal marca do setor é o negócio familiar, é ela ter funcionários da família do dono nos cargos de confiança, então é normal ter insegurança com algo que foge do que você conhece. Mas acredito que isso vai mudar com o tempo. Já estamos avançando muito rápido nessa questão”, comentou o Head de T.I. do Supermarket.

Por Publicado em: 16 de agosto de 20240 Comentários