A importância do uso de máscaras na manipulação de alimentos
O uso desse equipamento se tornou frequente e indispensável após a pandemia de covid-19
A pandemia do Covid-19 emplacou o uso de máscaras em diversos segmentos que, anteriormente, não usavam o artigo que tem como objetivo evitar a contaminação ou propagação de vírus. Dentro dos supermercados, a utilização se tornou comum para os manipuladores de alimentos, prática mantida até os dias de hoje e que ganhou o apoio de representantes do setor.
Sabe-se que o simples ato de falar, cantar, assobiar ou tossir promove a eliminação de aerossóis com potencial poder de contaminação. Com o fim da pandemia, especialistas em vigilância sanitária estudaram sobre a efetividade da máscara para a prevenção de contaminação de alimentos.
Publicado em 2023 pela revista Food Protection Trends, um estudo avaliou o risco da utilização de máscaras faciais como fonte de contaminação cruzada de alimentos. Foram simuladas situações como o fatiamento de frangos e manipulação de alface. Os cientistas inseriram toques frequentes nas máscaras e inoculações de cargas bacterianas a fim de simular uma situação real.
Segundo os resultados dos levantamentos, as máscaras, assim como os utensílios de cozinha, podem servir como veículo para contaminação cruzada de patógenos durante a manipulação de alimentos. Fatores como o toque frequente nas máscaras, aumento do tempo de utilização e reaproveitamento, o ajuste, a retirada, a reposição e a falta de capacitação quanto às normas de utilização são fatores que propiciam a infecção cruzada.
O uso de máscara deve ser mantido, porém é necessário que os colaboradores fiquem atentos à utilização correta do acessório, para evitar o risco de contaminação cruzada. Como reforça Flávio Graça, técnico de Segurança Alimentar da ASSERJ “Vale ressaltar que, devido a contaminação das máscaras, é crucial manuseá-las pelas alças auriculares ou tiras de cabeça e acondicioná-las em sacos de papel, para minimizar qualquer risco desse incidente”.
Matéria realizada em parceria com o consultor técnico de Segurança Alimentar, Flávio Graça.