47% dos varejistas brasileiros usam IA para marketing e vendas, diz estudo

Levantamento ainda pontuou que 46% do setor planeja adotar tecnologias no curto prazo

A Central do Varejo em parceria com a Ibevar, MBA/USP/Esalq e Labfin Provar, realizaram uma pesquisa onde apontou que 47% das empresas varejistas em atividade no Brasil já utilizam ferramentas de inteligência artificial, e quatro em cada cinco pretendem intensificar seus investimentos em IA no dia a dia da empresa.

A pesquisa ainda trouxe a informação de que 58% dos entrevistados utilizam diariamente alguma ferramenta de IA, enquanto 30% respondeu que semanalmente. Destrinchando o levantamento, 56% utilizam em atendimento ao cliente, 50% para conteúdo de marketing e 36% para recomendação e otimização de busca. Algumas respostas usam a IA em mais de uma função.

“Existe toda uma tecnologia que vai nos conduzindo para uma hiper personalização da comunicação com o cliente voltado a gerar conexão, e o resultado disso, é o aumento das vendas”, explica Erlon Labatut, especialista em varejo. Ele ainda argumenta que o mercado vive uma das eras mais competitivas e isso exige “ações e estratégias de marketing personalizado” das empresas para os novos consumidores.

Atualmente, o varejo utiliza a inteligência artificial em grande parte para análise de tendências e ferramentas de inteligência competitiva (34%), geração de conteúdo para marketing (25%); automatização de relatórios (25%); e prevenção a fraudes (22%). O nível de satisfação dos entrevistados chegou a 89%.

“As empresas de varejo estão adotando cada vez mais a Inteligência Artificial (IA) em marketing e vendas porque pesquisas indicam que são nessas áreas que a IA tem maior potencial de gerar valor para as empresas”, explica Júlio Moreira, contador e especialista em IA.

O futuro é logo ali

Segundo Erlon Labatut, a força da inteligência artificial será um item essencial para a produção e a gestão em muitas vertentes no varejo. “Podemos fazer um comparativo, com o que foi há poucas décadas atrás uma empresa que usa a internet e outra que não usa. Todo mundo, para sobreviver no mercado, terá que aprender a usar a Inteligência Artificial, e os supermercados, por exemplo, vão precisar se modernizar”, explica.

Os entrevistados da pesquisa pontuaram que, para o futuro, pretendem aplicar a IA voltada para o atendimento ao cliente (73%); gestão de estoque (61%); automatização de relatórios (60%); personalização de experiência do cliente (55%) e logística, roteirização e entrega (51%).

Isso representa uma forte guinada na busca de setores importantes do comércio, como o supermercadista, em se aproximar do cliente. O levantamento ainda apontou que a falta de conhecimento (52%); a falta de infraestrutura (26%) e dúvidas sobre o retorno sobre o investimento (25%) foram apontados como os principais obstáculos.

“É claro que, quem está entrando agora, tem os desafios de aprender as tecnologias, que ainda não são tão amigáveis ou intuitivas, fora que algumas (mais sofisticadas) apresentam um custo maior. Mas esse custo de trabalho, de tempo e de investimento certamente será recuperado rapidamente quando conseguirmos aplicar essa IA no dia a dia dos negócios, e trará uma melhora nas vendas e nos números do varejo”, pontua.

Então, supermercadista, que tal pesquisar mais temas sobre inteligência artificial e avaliar qual é a melhor ferramenta para aplicar ao seu negócio?