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Em agosto, supermercados do Rio registram deflação pelo quarto mês consecutivo. ASSERJ explica cenário

11/09/2025 • Última actualización 2 Meses

Economia
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, registrou a primeira deflação em 2025. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA indicou queda de 0,11% (a maior baixa do indicador desde agosto do ano passado). Apesar da forte queda na comparação com julho (de 0,37 ponto percentual), o número ficou abaixo do projetado pelo mercado, que esperava uma retração de 0,15%. No acumulado de 2025, o índice soma 3,15%. Já no total dos últimos 12 meses, o IPCA está em 5,13%, uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao somatório anual encerrado em julho. Já o varejo supermercadista do Rio de Janeiro, especificamente, registrou deflação no oitavo mês do ano.

Alimentação, novamente, contribui para redução da inflação no Brasil. Supermercados do Rio têm baixa de preços

IPCA Agosto 1 mês

Segundo o IBGE, cinco dos nove grupos pesquisados apresentaram variação negativa no país. Os principais responsáveis por pressionar a inflação foram os setores de Educação (+0,75%) e Despesas Pessoais (+0,4%). Entre os grupos a registrar retração, os destaques foram Habitação (-0,9%), Transportes (-0,27%) e Alimentação no Domicílio, que concentra os alimentos e bebidas vendidos no varejo supermercadista, que apontou baixa de 0,83%, a terceira deflação consecutiva.

Considerando somente no cenário do Rio de Janeiro, o índice de inflação de Alimentação no Domicílio recuou 1,1% em agosto, o quarto mês consecutivo de queda de preços. No acumulado ao fim do segundo quadrimestre de 2025, o estado teve a quarta menor inflação entre os entes federativos (e a menor do Sudeste) no setor de Alimentação no Domicílio (+0,61%), abaixo da média nacional (+2,07%).

Dos alimentos e bebidas vendidos nos supermercados do Rio, 58% tiveram queda de preços em agosto, com destaque para: cebola (-17,01%); tomate (-13,26%); batata inglesa (-5,45%); café moído (-4,93%); laranja pera (-3,6%); feijão preto (-3,41%); costela (-3,31); frango inteiro (-3,12%); arroz (-3,11%); ovo de galinha (-2,9%); leite (-2,33%); azeite (-2,23%); e filé mingon (-2,21).

Já entre as altas, as principais foram: limão (+25,29%); banana d'água (+7,52); cenoura (+3,88%); azeitona (+2,37%); macarrão instantâneo (+2,02%); carne de porco (+1,81); e patinho (+1,36%).

Resultado apresenta oportunidades para o varejo supermercadista fluminense

A quarta deflação seguida na categoria de maior importância para o varejo supermercadista pode apresentar uma janela de oportunidade. Produtos mais baratos nas gôndolas significam alívio no orçamento dos consumidores e maiores possibilidades de atração. Baixa de preços também pode significar a chance de renegociação com fornecedores. Mas atenção, aproveitar oportunidades exige acompanhamento, análise e boa gestão, antecipando fatores futuros que possam reverter a maré de baixa.