
Você sabe o que é "Shoppertainment"? ASSERJ te explica o conceito que pode mudar o seu jogo

Um termo difícil de falar. E de ler. Mas fundamental para o varejo supermercadista: o "shoppertainment". Apesar de parecer uma novidade, o conceito é atual. E acontece em ritmo acelerado. A jornada de compra do consumidor não é mais uma transação, é uma experiência completa. Cada visita a uma loja é uma interação participativa de conteúdo, diversão, emoção e conexão com aquilo que o cliente deseja comprar. Esse é o coração do "shoppertainment", convergir entretenimento e consumo, vinculando histórias, interatividade e autenticidade, influenciando diretamente as decisões e engajando enquanto se concretiza uma venda.
Apenas para mensurar a força desse conceito, nascido na Ásia e impulsionado pelo boom do live commerce, segundo dados da McKinsey, relativos a 2024, esse cenário já movimentou mais de US$ 1 trilhão globalmente. E o crescimento seguirá exponencial, podendo chegar a US$ 2 trilhões até 2027. No Brasil, a realidade não é diferente. Por exemplo, mais de 70% dos usuários do TikTok e do Kwai, declaram terem comprado um produto depois de assistir um conteúdo divertido ou educativo.
A base do conceito
O "shoppertainment" se apoia em quatro pilares, que atendem diretamente ao consumidor moderno, como explica Fátima Merlin, CEO da Connect Shopper e mentora de Gestão de Categoria:
1. Conteúdo inspirador e divertido: o consumidor quer ser envolvido, não interrompido.
"Histórias, tutoriais, bastidores, desafios, experiências reais — não anúncios".
2. Interatividade e participação: o cliente como protagonista
"Lives, enquetes, chat em tempo real, 'duetos' e reações do público".
3. Influência e autenticidade: confiança em foco
"O conteúdo é entregue por pessoas em quem o consumidor confia — criadores, vendedores e especialistas".
4. Conversão fluida e contextual: compra integrada de forma natural à experiência
"O 'comprar' é natural — o link, QR code ou botão de compra aparece no momento da emoção, sem quebrar a experiência".
Fátima Merlin resume os pilares: "O movimento do 'shoppertainment' já deixou de ser tendência — tornou-se uma nova linguagem do consumo. Uma linguagem feita de emoção, interação, autenticidade e fluidez".
Como não perder a onda da transformação?
A grande questão para os supermercadistas, portanto, não é mais se devem seguir ou não o movimento, mas como segui-lo. Como migrar da comunicação tradicional para criar experiências de fato inspiradoras e que convertam. Por mais complexo que possa parecer, a lógica do "shoppertainment" é simples: a marca deve virar experiência.
"O momento de agir é agora. Comece pequeno, teste rápido, aprenda sempre — mas comece. Transforme conteúdo em conexão. Transforme conexão em conversão. Transforme sua marca em experiência", conclui Fátima Merlin.
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