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Ruptura nos supermercados recua em setembro. ASSERJ te conta os motivos

​​​​​​​O destaque para o desempenho foi a recomposição de estoques em itens básicos da cesta do consumidor.

28/10/2025 • Última actualización 1 Mes

Comportamento & tendência

O nono mês de 2025 apresentou bons resultados no abastecimento do varejo supermercadista. Segundo dados do Índice de Ruptura da Neogrid, que mede a falta de produtos nas gôndolas dos supermercados brasileiros, a taxa encerrou setembro em 11,9%, uma queda de 1,2 ponto percentual na comparação com agosto.

O destaque para o desempenho foi a recomposição de estoques em itens básicos da cesta do consumidor. Entre as categorias acompanhadas, a cerveja foi a única com resultado negativo, registrando aumento na indisponibilidade durante o período.

Ruptura das categorias que se destacaram em setembro:

Queda:

  • Ovo: de 23,0% para 20,4%;

  • Azeite: de 9,7% para 8,7%;

  • Café: de 9,6% para 7,9%;

  • Arroz: de 8,9% para 7,1%;

  • Feijão: de 8,4% para 6,4%.

Aumento:

  • Cerveja: de 12,1% para 12,8%.

"O índice em setembro reflete um ajuste positivo no abastecimento após meses de instabilidade, embora o cenário econômico ainda apresente pressão de custos e inflação, o que impacta preços e margens no varejo. Apesar da queda na ruptura e de uma leve recuperação nas vendas, com o orçamento das famílias mais apertado, temos observado consumidores buscando mais pontos de venda e substituindo marcas por produtos mais baratos que entregam o mesmo resultado", explica Robson Munhoz, chief relationship strategist da Neogrid.

Relembrando ainda que no Rio de Janeiro, o preço da cesta básica caiu pelo quinto mês consecutivo. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a retração em setembro foi de 0,26%, prolongando o alívio no orçamento das famílias cariocas.

A queda foi puxada principalmente pela batata (-11,75%); tomate (-8,73%); café em pó (-2,92%); feijão preto (-2,26%); arroz agulhinha (-1,69%); manteiga (-1,52%); açúcar refinado (-0,66%); e leite integral (-0,41%). Por outro lado subiram: banana (6,52%); óleo de soja (6,11%); farinha de trigo (1,59%); pão francês (1,24%); e carne bovina de primeira (1,04%).