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Inteligência Artificial descomplicada: como crescer seu negócio mesmo sem grandes estruturas

14/08/2025 • Última actualización 3 Meses

Atualidades
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A penúltima palestra do terceiro dia no palco Conecta Varejo trouxe o tema “IA Aplicada ao Varejo | O Sucesso Democratizado pela Inteligência Artificial: Como usar a IA para escalar o seu negócio mesmo sem ser uma grande empresa”, conduzida por Joaquim Thiago, CEO e fundador da Xamã AI.

“Tudo na vida e na rotina de qualquer empresário é processo. Com a inteligência artificial não é diferente. Mais importante do que saber qual é a melhor IA ou se você tem caixa para investir é ter mentalidade de processo. É entender a arquitetura para criar sua própria solução, delegar para um especialista ou usar ferramentas prontas, mas com método”, afirmou.

Thiago destacou que a IA não é apenas tecnologia de suporte, mas uma revolução na forma de produzir.

“Se você quer realmente resultados melhores, precisa entender de IA e de processo. O empreendedor deve compreender o que é inteligência artificial, distinguir suas categorias e saber quais se aplicam ao seu negócio. Nem sempre modelos de linguagem grandes são a opção mais eficiente; existem soluções mais baratas e eficazes para determinadas funções. O importante é saber onde aplicar cada tecnologia.”

Segundo Thiago, até 2030 o mercado de IA generativa deve movimentar US$ 1,8 trilhão. “Há especialistas que projetam empresas com apenas 1 a 5 pessoas atingindo valor de mercado de US$ 1 bilhão.” Ele citou o caso da Lovable, startup que em apenas 10 meses captou US$ 200 milhões e alcançou valuation de US$ 1,8 bilhão, começando com 15 pessoas e que hoje conta com 45 funcionários. “A IA traz escalabilidade real. É possível sair de algo pequeno e crescer rápido, reduzindo as assimetrias”, completou.

Thiago ressaltou ainda que a inteligência artificial vai muito além de ferramentas populares como ChatGPT e que combinar diferentes tipos de IA gera resultados mais consistentes. “A IA preditiva usa dados históricos para prever comportamentos e tendências, presente em ferramentas como Excel e Power BI. É mais barata, simples e rápida de implementar”, explicou.

“A IA generativa cria textos, imagens, sons e outros conteúdos do zero. Quando alimentada com insights da IA preditiva, entrega resultados mais personalizados e assertivos. Já a automação, ou RPA, conecta processos e executa ações de forma integrada, mesmo sem depender de aprendizado de máquina. Combinar IA preditiva, generativa e automações cria um ecossistema mais eficiente do que depender de um único modelo.”

Sobre a engenharia de prompts, Thiago defendeu que compreender a lógica de formulação de pedidos é mais importante do que decorar comandos prontos. “O modelo de quatro etapas, popularizado por Greg Brockman, presidente da OpenAI, é essencial: primeiro, o objetivo, ou seja, o que você quer e como quer; depois, o formato de resposta, definindo como espera o retorno; depois os avisos, limites e condições, como pedir para a IA informar quando não tiver dados confiáveis; e, por fim, o contexto, que são informações adicionais e exemplos para guiar a resposta.”

Ele também recomendou técnicas como Chain of Thought, para explicação passo a passo, e Retrieval Augmented Generation, que consiste em treinar a IA com dados específicos da marca, melhorando assertividade e reduzindo “alucinações”, ou seja, respostas incorretas ou inventadas.

Para implementar soluções de IA de forma prática, Thiago sugeriu aplicar um raciocínio de engenharia de produção. “Mapeie as etapas do processo, defina ferramentas e pontos de decisão, estruture fluxos condicionais que combinem IA generativa, preditiva e integrações externas e desenhe o fluxograma antes de implementar. Mais importante do que dominar cada ferramenta é entender a lógica por trás. Isso permite criar soluções escaláveis mesmo sem grandes equipes ou orçamentos.”

“Quando toda essa arquitetura e automação estão bem estruturadas, você consegue construir um funil de vendas inteligente. O Xamã faz tudo isso e, agora, estamos expandindo para o WhatsApp e redes sociais. Com isso, não apenas otimiza processos, mas aumenta a capacidade de vender mais e, consequentemente, lucrar mais”, concluiu Thiago.