Supermarket de Realengo: estratégias para atrair e reter clientes de classe baixa e média

o gerente de marketing do Supermarket Realengo, Max Tomaz Ferreira
Descubra as táticas da rede para conquistar a fidelidade de consumidores na Zona Oeste do Rio de Janeiro

Um mês após a inauguração do Supermarket Realengo, na Zona Oeste do Rio, o gerente de marketing Max Tomaz Ferreira compartilhou com a ASSERJ as táticas utilizadas para atrair e reter clientes da região, de classe média e baixa, destacando a relevância de pesquisas de mercado, precificação competitiva e uma experiência de compra aprimorada.

Essa foi a loja de número 139 da rede, que oferece um mix de mais de 15 mil produtos, além de ofertas exclusivas.

Estratégia para diferentes classes sociais

Com uma área total de 1800m² e amplo estacionamento com 90 vagas, a unidade adota o conceito de uma loja ‘premium’ dentro da comunidade, com espaços amplos e arejados, climatização e atendimento de qualidade.

Os cerca de 200 funcionários diretos contratados, além de fornecedores, são, na sua maioria, moradores locais, o que garante que o dinheiro circule na região, além da fidelidade do cliente.

“O público daqui conhece as especificidades do local. Nosso funcionário conhece o cliente, e também nos traz novidades como o que vende e o que não sai. Além disso, a gente recebe, em média, 30 promotores por semana de várias indústrias diferentes. Onde eles vão almoçar? Então a gente acaba fomentando o comércio.”

O Supermarket Realengo investe em Trade

O Supermarket Realengo investe em Trade

Precificação e variedade de produtos

O foco é oferecer o melhor preço, acompanhando os valores dos concorrentes e utilizando o tamanho da rede para negociar condições vantajosas com fornecedores.

“Passamos de 150 lojas e, pelo nosso tamanho, a gente sempre consegue melhorar o preço, então o primeiro diferencial para entender a classe D é esse.”

Além disso, a rede:

  • Investe em promoções regulares para atrair clientes;
  • Oferece uma variedade de marcas e tamanhos que atendem a diferentes necessidades e orçamentos;
  • Adapta o mix de produtos com base em pesquisas de mercado para atender demandas locais.

Max atesta que, mesmo com o dólar em alta, é possível poupar o bolso do cliente.

“Mesmo falando em dificuldade econômica, a estratégia é de sempre crescer mediante as dificuldades, então a gente sempre vai ter a melhor negociação perante a indústria para trazer um bom preço e apostar no retail desse cliente para deixá-lo mais tempo dentro da loja.”

Iniciativas de fidelização e experiência de compra

A rede implementa várias iniciativas para melhorar a experiência do cliente e aumentar o tempo de permanência na loja. Entre elas estão a instalação de quiosques, restaurantes e academias.

Tudo isso milimetricamente estudado: o Supermarket utiliza ferramentas como CRM, análise de redes sociais e mapas de calor de compras para entender o comportamento do consumidor. Esses dados permitem:

  • Personalizar a experiência de compra;
  • Identificar oportunidades de vendas, como posicionar produtos complementares próximos;
  • Oferecer produtos adaptados às preferências de cada geração.

Por exemplo: os dados mostraram a Max que muitas mulheres, quando compram produtos de beleza, também levam biscoito. E bolou uma estratégia:

“Se eu sei que toda vez que eu faço beleza a segunda categoria que mais vende é o biscoito, o que eu posso fazer? Fazer com que um esteja no caminho do outro.”

Integração de ações promocionais

O uso de painéis de LED ainda está nos planos da loja, que em breve investirá em retail media. Mas para onde se olha há chão e checkouts envelopados com uma marca.

“Os fornecedores demonstram interesse em adquirir esses espaços publicitários, pois compreendem que a visibilidade dentro do mercado impulsiona o consumo de seus produtos. A indústria entendeu também que nós somos mais baratos do que uma televisão.”

Diferenciais em relação a shoppings e concorrentes

Comparado aos shoppings, a rede Supermarket destaca-se pela frequência de visitas e pelos preços mais competitivos. Entre os principais diferenciais estão:

  • Ambiente premium adaptado à classe D;
  • Promoções regulares e precificação agressiva.

“O que a gente tem de diferente do shopping é que o público vai a cada três meses para comprar algo muito específico. Você vai ao supermercado todo mês para comprar e o retorno que a gente tem é muito mais alto que qualquer outro lugar.”

Essa loja deixa claro que conhecer o seu público e atuar para oferecer a melhor experiência voltada para o seu perfil e necessidades é uma estratégia fundamental para o sucesso do negócio. O que você, supermercadista, tem feito nesse sentido na sua loja?

Por Publicado em: 8 de janeiro de 20250 Comentários