Scanntech acaba de divulgar o Radar Janeiro 25; vem saber tudo sobre o desempenho do varejo supermercadista

O faturamento do varejo supermercadista cresceu 6,6% em janeiro de 2025, impulsionado principalmente pelo aumento de preços (+5,8%), apesar da desaceleração em relação a dezembro. As unidades vendidas voltaram a crescer 0,8% em relação a janeiro de 2024, mas o volume ainda apresentou retração (-0,9%), reflexo da redução no tamanho médio das embalagens.
A região Sul teve o melhor desempenho em vendas unitárias e o menor aumento de preços (+4,9%), contribuindo para o crescimento do faturamento regional.
Entre as categorias, perecíveis lideraram o crescimento em faturamento (+8,3%), impulsionados pelo aumento de preço (+6,1%) e alta nas vendas unitárias (+2,2%). Frango, ovos e queijo foram os principais responsáveis por esse desempenho.
Os atacarejos regionais superaram os supermercados tanto em faturamento quanto em vendas unitárias. Enquanto os supermercados cresceram 6,4% em valor e 0,5% em unidades, os atacarejos avançaram 7,7% em valor e 2,4% em unidades. Pequenos supermercados (1 a 4 checkouts) foram os que mais aumentaram preços e os únicos a registrar queda nas unidades vendidas.
Cenário econômico
O Boletim Focus projeta uma inflação de 5,5% em 2025, acima da meta de 4,5%, aumentando a pressão para elevação da taxa Selic. O PIB deve crescer 2,06%, menos que em 2024, tornando o cenário macroeconômico menos favorável ao consumo.
A alta do câmbio, que se mantém no patamar de R$ 6,00, tem forte impacto no custo dos alimentos, especialmente commodities como arroz, óleo de soja, café e proteínas animais, que foram os grandes responsáveis pela inflação em 2024.
O preço médio dos produtos em janeiro de 2025 foi o segundo maior dos últimos 13 meses, ficando abaixo apenas de dezembro, quando há alta sazonal. Entretanto, houve desaceleração na variação do preço/unidade em relação ao último trimestre de 2024.
“Apesar da desaceleração em relação a dezembro, o crescimento do faturamento em janeiro reflete o impacto da alta dos preços e a recuperação gradual das vendas unitárias. O varejo supermercadista segue enfrentando desafios, especialmente com a inflação pressionada pelo câmbio e pelo custo das commodities. No entanto, percebemos uma reação positiva dos consumidores, especialmente no segmento de perecíveis. Para os próximos meses, o setor deve continuar buscando eficiência operacional e estratégias para mitigar o impacto dos custos sobre o consumidor final”, afirma Thomaz Machado, CEO Brasil da Scanntech, com exclusividade para a ASSERJ.
E você, associado, diante do impacto da alta dos preços e da recuperação gradual das vendas unitárias, quais estratégias seu supermercado pretende adotar para manter a competitividade e minimizar os efeitos do cenário econômico sobre o consumidor?