O preço do azeite vai finalmente cair?

Depois de uma disparada no ano passado com aumento de 37%, devido à seca na Europa e subida dos custos de produção, o preço deve cair nos próximos meses

De acordo com o maior produtor global de azeite, a gigante espanhola Deoleo, o cenário deve ser melhor este ano porque há previsão de chuvas na primavera europeia, contribuindo para uma boa colheita. O diretor de Operações da empresa, Carlos Sánchez, prevê alívio nos preços nos próximos meses: “Os preços vão seguir como estão atualmente, mas se a chuva se confirmar, como está previsto, os preços podem começar a cair no meio deste ano”.

A produção do azeite vem de dois anos ruins, com secas provocadas pelas mudanças climáticas, que afetaram, inclusive, a qualidade das azeitonas. Sánchez lembra que se trata de um setor muito sensível às condições meteorológicas e, por isso, é difícil fazer previsões sobre preços. Mesmo assim, ele se mostra otimista: diz que as chuvas até agora têm sido suficientes.

Adaptação ao clima extremo

As oliveiras são resistentes a mudanças de temperaturas, mas estão sendo forçadas a se adaptar ao clima extremo. Segundo o site Olive Oil Times, algumas espécies da árvore atrasam o desenvolvimento dos frutos no calor até que as temperaturas fiquem mais amenas, reduzindo o peso das azeitonas e diminuindo a safra.

Brasil é um dos maiores importadores do mundo

Junto com Japão, Estados Unidos e Canadá, o Brasil é um dos maiores importadores de azeite do mundo. Sánchez diz que o mercado brasileiro é o principal da América do Sul para a companhia com a marca Carbonell e os preços no Brasil refletem o que acontece no mercado espanhol.

A Espanha é a principal fornecedora global de azeite, com cerca de 50% da produção mundial, e dita os preços do mercado. A Deoleo é a maior produtora global do produto dona de marcas como Bertolli, Carapelli, Carbonell, Koipe, Figaro, Sasso e Maestros de Hojiblanca.

Por Publicado em: 23 de fevereiro de 20240 Comentários