Inflação de alimentos e bebidas mantém desaceleração no Rio e fica abaixo da média nacional

A descompressão do setor de alimentos também contribui para um índice geral de inflação menor no Rio em abril (+0,16%), na comparação com março (+0,53%) e fevereiro (+1,40%)
Em abril, o índice de inflação da alimentação no domicílio, que concentra os alimentos e bebidas vendidos nos supermercados, subiu 0,45% no Rio de Janeiro. Foi o oitavo mês consecutivo de inflação no setor, porém o segundo de desaceleração. Essa desaceleração observada traz esperança para os supermercadistas e consumidores de menor inflação nos próximos meses. A descompressão do setor de alimentos também contribui para um índice geral de inflação (+0,16%) menor no Rio em abril, na comparação com março (+0,53%) e fevereiro (+1,40%). Segundo a consultoria econômica da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), que analisou os dados do IPCA/IBGE.
Na média nacional, o setor de alimentação no domicílio também observou inflação em abril (+0,83%). Foi o oitavo mês consecutivo de inflação e, como no Rio, também desacelerou frente a março (+1,31), mas se manteve em patamar elevado.
Para o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, o setor vem reduzindo a pressão na inflação, mas ainda em níveis elevados, puxando o índice geral de preços. “Observamos que alguns produtos estão mantendo uma leve aceleração de preços, equilibrada, em parte, por outra parcela de itens que fazem parte do carrinho de compras da população, mas que já demonstram redução de preços. Como presidente da ASSERJ, reforçamos diariamente com os supermercadistas a importância da proximidade com os fornecedores e indústria, para conseguirmos oferecer aos fluminenses o melhor preço possível”, afirma o executivo.
À exceção do Acre (-0,12%), todas as 16 unidades da federação pesquisadas pelo IBGE registraram inflação de alimentação no domicílio em abril. O Rio de Janeiro registrou a quarta menor inflação do setor. O resultado fluminense foi inferior à média nacional (+0,83%) e, regionalmente, o segundo menor, à frente apenas de Minas Gerais (+0,25%) no Sudeste.
Os alimentos e bebidas determinantes para a inflação no setor no Rio em abril foram: frango em pedaços (+3,33%), café moído (+6,64%), biscoitos (+2,35%), leite longa vida (+1,66%) e alcatra (+0,58%). Por outro lado, observaram queda de preços: arroz (-6,50%), cerveja (-1,55%), pão francês (-0,53%), refrigerante e água mineral (-0,53%) e queijo (-0,26%).
Assim como os alimentos e bebidas, os artigos de higiene pessoal registraram o maior aumento de preços no setor em abril (+1,31%). Os artigos determinantes para essa inflação foram: papel higiênico (+3,10%), produto para higiene bucal (+1,91%), fralda descartável (+1,71%) e sabonete (+1,65%). Por outro lado, registrou queda de preços: desodorante (-1,12%).
Outra categoria de produto vendida em supermercados, os artigos de limpeza, foi o único setor a registrar queda de preços em abril no Rio (+0,16%). Um pequeno alívio para o bolso da população fluminense. Os itens determinantes para essa pequena deflação foram: papel toalha (-1,60%), amaciante e alvejante (-0,86%), sabão em pó (-0,65%) e água sanitária (-0,61%). Contrabalanceando, observaram aumento nos preços: sabão em barra (+2,19%), desinfetante (+1,52%) e detergente (+0,95%).