Giro de estoque: por que ele é essencial para a saúde do seu supermercado

Se você já sentiu que o estoque do seu mercado está parado por muito tempo ou que certos produtos somem bem na hora em que o cliente mais precisa, talvez seja hora de repensar sua estratégia e mergulhar em um conceito fundamental da gestão: o giro de estoque.

Saber como o estoque se movimenta é o primeiro passo para melhorar a operação, evitar perdas e aumentar a lucratividade. E o melhor? Não precisa ser complicado. O giro de estoque nada mais é do que a frequência com que os produtos entram e saem da loja em um determinado período — geralmente mensal ou anual —, funcionando como um termômetro da eficiência operacional.

“Quando o giro de estoque é bem monitorado, o empresário consegue prever necessidades com mais precisão, evitando tanto rupturas quanto excessos. Isso se traduz em economia, aumento de vendas e melhor aproveitamento do capital investido”, afirma Roger Toshi, gerente Administrativo e de Marketing da SG Sistemas.

Um giro de estoque elevado costuma ser um bom sinal, indicando que os produtos têm boa saída e o investimento retorna mais rápido para o caixa. Por outro lado, um giro baixo pode apontar falhas no planejamento de compras, produtos encalhados ou até um mix pouco atrativo para o público. Segundo Toshi, “o giro de estoque é mais do que uma métrica: é uma ferramenta estratégica que permite tomar decisões baseadas em dados e comportamento real de consumo”.

No varejo, o impacto do giro de estoque é ainda mais evidente. Em mercados com grande volume de itens perecíveis, como frutas e laticínios, o acompanhamento constante é indispensável. Já em lojas que trabalham com produtos sazonais, o planejamento é essencial para equilibrar o fluxo de entrada e saída sem comprometer o espaço físico ou os resultados.

Calcular o giro de estoque também é simples. A fórmula básica consiste em dividir o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) pelo Estoque Médio. Se, por exemplo, o CMV de um mês foi de R$ 50 mil e o estoque médio foi de R$ 10 mil, isso significa que o estoque girou cinco vezes no período. “Com essa conta na ponta do lápis, é possível ajustar a frequência de compras, melhorar o relacionamento com fornecedores e até negociar melhores condições”, destaca Toshi.

Diversos fatores influenciam essa movimentação. Um mix de produtos bem definido, ações promocionais estratégicas, planejamento de compras baseado em histórico de vendas e parcerias sólidas com fornecedores estão entre os principais. “A tecnologia também é uma aliada importante. Hoje, um sistema de gestão integrado (ERP) permite acompanhar o estoque em tempo real e tomar decisões com mais agilidade e segurança”, acrescenta o gerente.

Além disso, melhorar o giro de estoque impacta diretamente o fluxo de caixa. Com os produtos saindo no tempo certo, o dinheiro retorna mais rápido, favorecendo novos investimentos e a saúde financeira do negócio. “Quando o empresário entende o comportamento do seu estoque, ele passa a enxergar oportunidades onde antes via apenas problemas. É uma virada de chave que faz toda a diferença no resultado final”, conclui Roger Toshi.

Com planejamento, tecnologia e estratégias comerciais bem definidas, o giro de estoque pode se tornar um poderoso motor de crescimento para qualquer supermercado. A gestão começa por conhecer bem o que entra, o que sai — e o que encalha. Afinal, estoque parado é dinheiro parado.