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Um desafio constante: como reduzir perdas internas do seu supermercado?

21/08/2025 • Última actualización 3 Meses

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No varejo supermercadista, um dos maiores desafios está no combate aos furtos internos — aqueles cometidos por colaboradores dentro da própria operação. Levantamento da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) mostra que, nos últimos tempos, produtos de alto valor agregado e fácil revenda no mercado paralelo estão entre os mais visados.

De acordo com Emerson Freitas, conselheiro da entidade, figuram no topo do ranking itens como café, azeite, shampoo, condicionadores, chocolate, cerveja, refrigerante, bebidas destiladas, tabaco e carnes nobres. “Esses são produtos que podem ser facilmente ocultados em bolsas, mochilas e bolsos, dificultando o monitoramento por parte do time de prevenção de perdas”, explica.

Como ocorrem os furtos internos

Os desvios não acontecem apenas por meio da ocultação de mercadorias. Segundo Freitas, eles podem se dar também por violação de embalagens — quando o funcionário retira ou substitui o conteúdo —, contagem incorreta, adulteração de peso na balança e até empilhamento falso, quando uma camada de produtos deixa de ser entregue ao cliente ou à operação.

Áreas mais vulneráveis

As perdas variam conforme o modelo de negócio, mas existem áreas mais críticas. No varejo de proximidade, por exemplo, os estoques pequenos e de fácil acesso tendem a ser pontos de risco. Já em lojas maiores, o checkout pode ser um gargalo, dependendo dos artigos expostos nas frentes de caixa.

Estratégias de prevenção

Entre as principais medidas preventivas, o confinamento aparece como uma das mais eficazes, seja por meio de estanterias com controle de acesso, armários de exposição ou sistemas eletrônicos de proteção. Além disso, posicionar produtos visados em locais mais aparentes e manter colaboradores próximos para arrumação constante ajudam a inibir ações.

“É fundamental contar com mecanismos de proteção eletrônica e promover o confinamento de artigos pequenos com controle de acesso. Manter sempre a equipe de segurança atenta e os colaboradores engajados na organização também é essencial”, reforça o conselheiro da Abrappe.

Tecnologia e cultura de prevenção

A tecnologia também se mostra aliada no combate às perdas. Sistemas de CFTV inteligente, cadeados eletrônicos e barreiras de proteção são recursos cada vez mais utilizados. Mas, segundo Freitas, é preciso ir além.

“Também é preciso sempre investir em agentes de prevenção bem treinados e instruídos, manter os times de loja aculturados à gestão de riscos e prevenção e promover campanhas de engajamento e reconhecimento”, afirma.

Assim, a combinação de tecnologia, estratégias de exposição e cultura de prevenção pode reduzir significativamente os prejuízos, ajudando o supermercadista a proteger o negócio e manter a operação mais eficiente.

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