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Retail Media na prática: saiba como supermercados estão monetizando dados e audiência

12/08/2025 • Última actualización 3 Meses

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Na última palestra desta terça-feira (12), a trilha de Retail Media do palco Conecta Varejo trouxe ao centro da discussão um tema cada vez mais relevante no setor: como o varejo brasileiro está monetizando dados e audiência para gerar novas receitas e fortalecer o relacionamento com a indústria. Participaram Roberta Becker, diretora de marketing do St. Marché, e Amanda Vasconcelos, diretora do Hiperideal Supermercados, com mediação de Fábio Amorim, CEO da Pixel Retail.

O ponto de partida foi claro: compreender esse novo cenário é essencial para ampliar a rentabilidade e criar parcerias mais estratégicas. Roberta Becker destacou que a estratégia vem dando resultados concretos. “A gente prova o valor do nosso cliente. Temos acesso a dados transacionais e comportamentais que mostram o que, quando e onde ele compra, além de entender o porquê daquela escolha. Isso tem muito valor para a indústria”, afirmou.

Ela reforçou que o uso inteligente desses dados permite um nível de segmentação sem precedentes. “Ao invés de um tiro de canhão em mídia massiva, conseguimos dar um tiro de sniper, direcionando mensagens hiperpersonalizadas para perfis específicos”, disse. Segundo Roberta, isso aumenta taxas de conversão, reduz o custo de aquisição e entrega mais valor para o parceiro industrial.

Amanda Vasconcelos, por sua vez, abordou o potencial de ampliar o uso da mídia dentro das lojas. “Por que não pegar parte da verba que hoje vai para elevadores ou outdoors e investir no ponto de venda, onde o consumidor efetivamente decide a compra?”, questionou. Ela citou parcerias com escolas e empreendimentos locais como exemplos de novas fontes de receita, aproveitando a grande circulação e a capacidade de segmentar públicos com precisão.

Roberta ainda ressaltou que o grande diferencial do St. Marché está no relacionamento próximo com o cliente. “O nosso principal asset é o cliente. Conversamos com Classe AB em São Paulo e temos taxas de recorrência muito altas. Essa intimidade não é comum nos grandes players”, disse, lembrando que produtos e experiências são pensados para fazer parte do dia a dia do consumidor.

Amanda concordou, acrescentando que o critério na escolha dos produtos e campanhas é fundamental. “Não é qualquer item que colocamos em destaque. Trabalhamos muito com produtos de maior margem ou que precisam de um cliente mais específico, construindo campanhas 360° em parceria com a indústria”, explicou. Para ela, redes regionais têm a vantagem de testar e ajustar estratégias de forma mais ágil do que grandes redes.

Ao final, a mensagem da palestra foi unânime: o varejo que souber usar dados de forma estratégica, com personalização e relacionamento próximo, poderá transformar sua audiência em um ativo de altíssimo valor — tanto para a própria operação quanto para a indústria e parceiros externos.

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