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Hora de valorizar o corte do suíno no açougue do seu supermercado; entenda!

21/07/2025 • Última actualización 4 Meses

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O consumo per capita de carne suína no Brasil cresceu 33,4% entre 2015 e 2025, saltando para 19,3 quilos por pessoa, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Embora ainda fique atrás das outras principais proteínas consumidas no país — a carne de frango, com 43,9 quilos, e a bovina, com 29,7 quilos — a carne suína foi a única a registrar crescimento no período. A bovina teve queda de 6,6%, e a de frango, de 2,9%.

Para os supermercados, essa mudança representa uma oportunidade concreta de ampliar vendas e diversificar o sortimento com uma proteína que vem ganhando espaço no prato dos brasileiros.

De acordo com Iuri Machado, consultor de mercado da ABCS, a carne suína vem conquistando espaço por fatores como o aumento de informações sobre seus benefícios nutricionais, o avanço da qualidade dos cortes disponíveis e o encarecimento da carne bovina, que tem levado consumidores a substituí-la por alternativas mais acessíveis.

“Historicamente, o consumo de carnes aumenta no Brasil com a substituição. O consumidor troca uma carne pela outra, e o suíno tem se mostrado uma alternativa cada vez mais presente na rotina das famílias”, afirma Machado.

Para o varejo supermercadista, essa tendência abre caminho para ações estratégicas que vão além da simples exposição de produtos. Investir em cortes suínos frescos e temperados, campanhas educativas com receitas, sinalização nutricional nas gôndolas e degustações em loja pode ser decisivo para atrair consumidores e aumentar a conversão em vendas. Além disso, datas sazonais como o fim de ano, churrascos de verão e festas típicas também podem ser usadas para posicionar a carne suína como protagonista.

“O crescimento do consumo de carne suína no mercado interno é reflexo de uma combinação de fatores importantes. Primeiro, o aumento expressivo no custo da carne bovina fez com que o consumidor buscasse alternativas mais acessíveis. Além disso, temos hoje uma maior produção e disponibilidade de carne suína no mercado interno, o que ajuda a atender essa demanda. Mas talvez o ponto mais relevante seja a quebra de paradigmas: o consumidor brasileiro está cada vez mais informado sobre a qualidade, procedência e segurança da carne suína. Isso tem mudado a percepção sobre o produto e aberto espaço para um consumo mais frequente e diversificado”, ressalta Ulisses Merat, gerente regional da Marfrig.

Diante desse cenário, os supermercadistas têm em mãos uma chance de fortalecer a categoria e oferecer ao consumidor uma opção nutritiva, acessível e versátil. A valorização da carne suína no ponto de venda, aliada a uma comunicação eficiente, pode transformar essa tendência de mercado em resultado concreto para o setor.

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