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Confiança do consumidor tem alta em setembro

30/09/2025 • Última actualización 2 Meses

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A confiança do consumidor brasileiro avançou em setembro, impulsionada principalmente pela melhora nas expectativas, e atingiu o maior nível desde o fim de 2024, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,3 ponto no mês, para 87,5 pontos, o maior patamar desde dezembro passado. “A alta da confiança foi concentrada na melhora das expectativas, principalmente pelo indicador de situação econômica futura, que subiu em todas as faixas de renda”, destacou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.

Enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 2,5 pontos, para 82,0, após duas altas consecutivas, o Índice de Expectativas (IE) avançou 3,7 pontos, chegando a 91,8.

Segundo Gouveia, “a manutenção de um mercado de trabalho aquecido e o recente alívio da inflação parecem ter deixado os consumidores menos pessimistas em relação ao futuro, mas o alto nível de endividamento e inadimplência das famílias ainda limita uma melhora mais robusta da confiança”.

Dados do IBGE mostram que a taxa de desemprego caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, o menor nível da série. Em contrapartida, a economia continua pressionada pela política monetária restritiva, com a taxa básica Selic em 15%.

Perspectivas

Para Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, o aumento do emprego e da renda, aliado a medidas do governo — como o novo consignado, o pagamento de precatórios e transferências sociais — tem sustentado o consumo, inclusive no varejo supermercadista.

Entretanto, ele alerta que “o elevado endividamento das famílias e os efeitos das altas taxas de juros sobre a atividade econômica, já perceptíveis, podem reduzir a confiança do consumidor nos próximos meses”.

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