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Cesta básica em queda no Rio: quarta deflação seguida aumenta oportunidade para o setor supermercadista. ASSERJ analisa.

08/09/2025 • Última actualización 2 Meses

Economia
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Pelo quarto mês consecutivo, o valor da cesta básica caiu no Rio de Janeiro. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em agosto, a retração nos preços ficou em 2,7% na cidade, na comparação com julho. A baixa representa a sequência da onda de alívio para o orçamento das famílias cariocas. No oitavo mês do ano, 10 dos 13 produtos que compõem a cesta tiveram redução nos preços médios. Registraram queda: tomate (-17,27%); batata (-7,49%); feijão preto (-6,99%); café em pó (-2,77%); açúcar refinado (-1,51%); o arroz agulhinha (-1,34%); pão francês (-1,33%); carne bovina de primeira (-1,18%); manteiga (-1,09%); e leite integral (-0,15%). Por outro lado subiram: banana (5,61%); óleo de soja (0,26%); e farinha de trigo (0,13%).

No cômputo geral, essa foi a maior queda de preços da cesta básica este ano e o quarto mês consecutivo de deflação no Rio, assim como maio (-0,20%), junho (-0,56%) e julho (-2,33%). Um alívio para o bolso da população carioca, que gasta a maior parcela de seus rendimentos com a compra de alimentos e bebidas nos supermercados.

O presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, destaca: "Esse é um movimento que traz alívio imediato para o consumidor e reforça o papel estratégico do setor supermercadista no dia a dia das famílias. A queda consecutiva no valor da cesta básica mostra que o consumidor pode comprar mais gastando menos, e isso é essencial para a qualidade de vida, especialmente em um momento em que o orçamento doméstico precisa de fôlego. Para nós, da ASSERJ, acompanhar e entender esse cenário é fundamental para orientar os nossos associados e manter o varejo ainda mais conectado às necessidades da população."

Rio tem segunda maior queda do Sudeste: cenário de oportunidades para os supermercadistas

A retração no valor da cesta básica em agosto no Rio foi a oitava maior queda registrada dentre as capitais brasileiras. Em nível nacional, 24 das 27 capitais brasileiras registraram deflação em agosto. O Rio de Janeiro/RJ (-2,7%), por sua vez, registrou queda mais intensa que a média nacional (-2,07%), e, regionalmente, a segunda maior deflação dentre os estados do Sudeste, atrás apenas de Vitória/ES (-3,12%).

"Esse cenário abre uma janela de oportunidades para o varejo. A redução de preços em produtos essenciais, como arroz, feijão e batata, cria um ambiente propício para fortalecer o relacionamento com o consumidor. O supermercadista pode investir em ações de comunicação mais próximas, reforçar ofertas, promover a cesta básica como símbolo de economia e, principalmente, gerar valor agregado com experiências de compra mais inteligentes e estratégicas. É o momento de fidelizar ainda mais o cliente, transformando a queda de preços em uma oportunidade de crescimento sustentável para o setor. Também é um bom momento para negociar novas remessas com indústrias e demais parceiros", reforça o presidente da ASSERJ.