Entre dados e sensibilidade: qual o equilíbrio necessário no uso da IA no varejo

A ASSERJ marcou presença no Rio2C, um dos principais eventos de inovação e criatividade do país, participando da palestra “Criatividade em Tempos de IA”. O encontro reuniu nomes como Luiz Telles, diretor de Storytelling e Inovação da A-LAB; Roberta Moraes, diretora executiva da Artplan; e Ana Paula Castelo Branco, CMO da BetMGM. Juntos, eles debateram como a inteligência artificial vem transformando a forma de pensar e criar dentro das empresas. Para o setor supermercadista, os temas abordados trouxeram reflexões práticas e valiosas sobre como aplicar a tecnologia no dia a dia das operações e do relacionamento com o cliente.

Ao longo da conversa, Ana Paula destacou que a IA traz velocidade ao cotidiano, otimizando decisões e processos. Segundo ela, a ferramenta “ajuda muito em diversos processos”, contribuindo para uma atuação mais ágil e assertiva. Na mesma linha, Roberta Moraes chamou atenção para a amplitude das possibilidades que a IA oferece. “As possibilidades da inteligência artificial são infinitas, mas é preciso ter maturidade para entender se o resultado gerado é apenas o ponto de partida de uma ideia ou se ele está realmente pronto para ser utilizado”, afirmou.

Complementando o debate, Luiz Telles abordou um sentimento comum diante do avanço tecnológico: o receio de que a IA represente uma ameaça. No entanto, ele reforçou que, longe disso, a tecnologia pode expandir o olhar criativo e revelar caminhos inesperados. “A IA é importante especialmente quando provoca o pensamento ‘eu não tinha pensado nisso’”, explicou, destacando o potencial da ferramenta como aliada no processo de inovação.

Apesar de reconhecerem os avanços da IA, os palestrantes foram unânimes ao afirmar que o fator humano permanece essencial. Ana Paula ressaltou que “é o ser humano quem ainda sabe escolher o melhor entre as diversas possibilidades apresentadas pela IA”. Roberta reforçou que é preciso ter critério na hora de usar a tecnologia, sempre de forma consciente e estratégica. Para Ana, o equilíbrio entre máquina e sensibilidade humana é fundamental: “Muitas vezes, o resultado ainda tem ‘cara de IA’, e por isso é fundamental contar com profissionais que saibam equilibrar o uso da tecnologia com a sensibilidade humana.”

Diante dessas reflexões, os supermercados têm uma grande oportunidade de evolução. A inteligência artificial pode ser usada para entender melhor o comportamento dos consumidores, personalizar ofertas, otimizar estoques, criar campanhas mais eficientes e agilizar processos internos. Tudo isso, claro, com responsabilidade e com o olhar humano necessário para interpretar dados e tomar decisões centradas no cliente.

Ao participar ativamente de eventos como o Rio2C, a ASSERJ reforça seu compromisso em manter o setor supermercadista conectado às principais inovações do mercado. A inteligência artificial não é apenas uma tendência passageira, mas uma ferramenta estratégica que, se bem aplicada, pode transformar a experiência de compra, fortalecer marcas e gerar resultados mais sustentáveis para o varejo.