Deflação nos supermercados do Rio: indicadores que merecem atenção no PDV

Pela primeira vez em nove meses, os preços de alimentos e bebidas vendidos nos supermercados do Rio de Janeiro apresentaram queda. Em maio, o índice de inflação da categoria “Alimentação no Domicílio” recuou 0,06% no estado, segundo dados do IPCA, divulgados pelo IBGE. Apesar de discreto, o recuo contrasta com a média nacional, que apontou leve inflação de 0,02% no período.

“Ainda que pequena, essa queda representa um sinal positivo. É o segundo mês seguido de desaceleração nos preços dos alimentos, o que pode indicar uma tendência de alívio para os próximos meses, tanto para o consumidor quanto para o setor supermercadista”, afirma William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ.

O resultado dos supermercados fluminense foi o segundo menor do Sudeste, à frente apenas de São Paulo (-0,20%). Entre os itens que puxaram a deflação no estado estão o arroz (-5,82%), leite longa vida (-1,27%), frango em pedaços (-0,61%) e biscoito (-2,89%). Em contrapartida, produtos como pão francês (+2,24%), café moído (+2,81%) e carnes como contrafilé (+2,73%) e alcatra (+0,84%) registraram aumento.

Já os artigos de higiene pessoal e produtos de limpeza seguiram o caminho oposto. Em maio, essas categorias apresentaram inflação de 0,14% e 0,84%, respectivamente, no Rio. Entre os itens que mais encareceram estão o desodorante (+2,12%), o sabão em pó (+1,14%) e o amaciante (+1,30%).

“No caso de higiene e limpeza, observamos um movimento de alta mais consistente. A inflação nesses segmentos tende a ser mais estável e impacta diretamente o orçamento doméstico, especialmente em tempos de renda apertada”, destaca Figueiredo.

No acumulado do ano até maio, o Rio de Janeiro apresenta a menor inflação de alimentos e bebidas do Sudeste, com alta de 3,66%, abaixo da média nacional de 4,08%. Ainda assim, o ritmo de aumento é considerado elevado. “Mesmo com essa posição relativamente melhor no ranking nacional, não podemos ignorar que o nível de preços segue pressionado. O desafio agora é garantir que essa tendência de desaceleração se mantenha nos próximos meses”, avalia o consultor da ASSERJ.

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