Colgate Mint volta às gôndolas, mas ANVISA recomenda atenção aos consumidores

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a interdição do creme dental Colgate Total Clean Mint, permitindo que o produto volte às prateleiras. A decisão foi tomada após a empresa recorrer da medida. No entanto, a Anvisa manteve um alerta sanitário, recomendando que consumidores informem qualquer reação adversa ao órgão regulador.

“A recomendação do alerta é para que os consumidores observem sinais de irritação e interrompam o uso do produto nessa situação. Caso o desconforto seja persistente, é importante procurar um profissional de saúde”, destacou a Anvisa em nota.

Histórico

A interdição inicial foi publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (27), após relatos de consumidores que apresentaram sintomas como inchaço nos lábios e amígdalas, ardência, dormência, boca seca e irritação nas gengivas. Segundo a Anvisa, o creme dental passou por uma reformulação, na qual o fluoreto de sódio foi substituído por fluoreto de estanho. O órgão registrou até o momento oito notificações envolvendo 13 eventos adversos.

No mesmo dia da interdição, a Colgate-Palmolive divulgou uma nota afirmando que a nova fórmula passou por mais de 10 anos de testes rigorosos e é segura para uso. A empresa reconheceu que algumas pessoas podem apresentar sensibilidade e disponibilizou um canal de atendimento aos consumidores. Após a suspensão da interdição, a companhia reforçou sua posição, afirmando que o produto não oferece riscos à saúde, mas que determinados ingredientes, como fluoreto de estanho, corantes ou sabores, podem causar reações em algumas pessoas.

Recomendações para supermercados

Nesse contexto, o consultor de Alimento Seguro da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), Flávio Graça, orienta os estabelecimentos a prestarem informações claras aos clientes.

“Diante da suspensão da restrição, o produto pode voltar às prateleiras, mas é importante ressaltar que, caso haja qualquer queixa de reação, o consumidor deve ser orientado a comunicar diretamente à Anvisa”, alertou Graça.

Por Publicado em: 31 de março de 20250 Comentários