Carne de caju? A inovação brasileira que conquista o paladar dos consumidores

Relatório recente do Global Flavor Trends, com tendências globais do setor alimentício para 2025, destaca a crescente demanda por ingredientes naturais e de alta qualidade, soluções plant-based, a necessidade de inovação para enfrentar a escassez de matérias-primas e o papel crucial da digitalização e inteligência artificial na indústria.
A consciência ambiental do consumidor também é um fator determinante, impulsionando a busca por práticas sustentáveis por parte das empresas.
E é onde a Amazonika Mundi se destaca: a empresa se posiciona no mercado de alimentos plant-based ao criar alternativas à carne utilizando a fibra de caju, como hambúrgueres, almôndegas e “carne moída”. E planeja expandir sua linha para incluir análogos de proteínas de frango e peixe.
Ao escolher os produtos da Amazonika Mundi, os consumidores contribuem para um futuro mais sustentável e os supermercados ainda se posicionam como líderes em inovação e responsabilidade social.
‘Morena tropicana’
O CEO e fundador da marca, Thiago Rosolem, conta para a ASSERJ que a ideia para o produto veio do clássico da MPB Morena Tropicana, de Alceu Valença. “Estávamos realizando um brainstorming quando começou a tocar. E no momento do trecho ’pele macia, é carne de caju’, tudo fez sentido. Tivemos o insight de que poderia ser possível utilizá-la como carne.”
E foi em parceria com a EMBRAPA que a empresa desenvolveu uma tecnologia que permite criar produtos à base de plantas.
Sustentabilidade e impacto social
Além de ser uma opção mais saudável, os produtos da Amazonika Mundi contribuem para a preservação do meio ambiente. A empresa trabalha com a Origens Brasil e outras organizações dedicadas a promover negócios sustentáveis na Amazônia, garantindo o fornecimento de ingredientes de forma justa, e possui certificações que atestam a qualidade e a origem dos seus produtos.
“Essa atenção aos detalhes fortalece a cadeia de produção, reduz desperdícios e assegura que os consumidores recebam alimentos não apenas saborosos, mas também éticos e sustentáveis. Isso reflete nosso compromisso com a saúde, o meio ambiente e a valorização da biodiversidade brasileira”, aponta Rosolem.
Benefícios para os supermercadistas
Ao incluir os produtos da Amazonika Mundi em seu portfólio, os supermercados podem:
- Aumentar as vendas: atender à crescente demanda por produtos plant-based.
- Diferenciar-se da concorrência: oferecer produtos exclusivos e inovadores.
- Fortalecer a imagem da marca: associar-se a valores como sustentabilidade e saúde.
- Aumentar a fidelização de clientes: atrair consumidores conscientes e preocupados com o meio ambiente.
- Comunicação transparente e educação do consumidor
Rosolen reconhece que apesar de o público se preocupar mais com alimentação saudável, o preço desse tipo de produto ainda é caro para muita gente. Na sua visão, um mito. Por isso, aponta, a empresa investe em diversas iniciativas para educar o público sobre os benefícios dos alimentos plant-based.
“Acreditamos que a conscientização é fundamental. Por isso, promovemos campanhas educativas sobre os benefícios dos nossos produtos sustentáveis. Isso não só ajuda a valorizar a escolha consciente dos consumidores, mas também aumenta a demanda, o que nos permite manter preços acessíveis. Temos a convicção de que, ao alinhar acessibilidade, qualidade e sustentabilidade, estamos não apenas contribuindo para um futuro mais consciente, mas também nos posicionando como uma escolha preferencial nas prateleiras dos supermercados do Rio de Janeiro.”
O futuro da Amazonika Mundi
A empresa tem planos ambiciosos para o futuro, com o lançamento de novos produtos à base de plantas e migrar para análogos de proteínas de frango e peixe.
“Vamos investir muito na bioeconomia e nos povos tradicionais, para termos cada vez mais esses ingredientes em escala e poder abastecer a marca e, quem sabe, até outras empresas. Queremos focar em ser uma empresa clean label, trazendo esses análogos 100% nacionais, sempre promovendo o bioma amazônico e contribuindo com os povos tradicionais”, adianta Rosolem.