Bunge e CP Foods aumentam transparência no embarque de soja livre de desmatamento com tecnologia blockchain

Bunge
Cerca de 185 mil toneladas de farelo de soja livre de desmatamento foram enviadas do Brasil à Tailândia para testar a solução digital de blockchain conjunta das companhias para rastreabilidade de soja sustentável

A Bunge, uma das maiores empresas do agronegócio e de alimentos, e a Bangkok Produce Merchandising Public Company Limited (BKP), uma empresa subsidiária da Charoen Pokphand Foods Public Company Limited (CPF ou CP Foods), líder mundial em alimentos, iniciaram os testes em conjunto de uma plataforma com tecnologia blockchain para rastreabilidade de soja sustentável.

O que é blockchain: é um mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações na rede de uma empresa.

Isso representa um avanço na luta pela alimentação sustentável. Até o momento, três navios totalizando 185 mil toneladas de farelo de soja livre de desmatamento foram embarcados no Brasil com destino à Tailândia, permitindo à CP Foods o rastreamento integral do produto, desde a origem do grão nas fazendas, passando por seu processamento e transporte até seu desembarque no destino final. Outros três navios, somando mais 180 mil toneladas de farelo de soja devem ser embarcados até julho de 2024.

Paisarn Kruawongvanich, CEO da Bangkok Produce Merchandising, afirmou que a empresa vem trabalhando para conectar soluções de rastreabilidade baseadas em blockchain com fornecedores, parceiros e agricultores em todo o mundo, “Nos estágios iniciais da nossa parceria com a Bunge, embarcamos os primeiros navios de farelo de soja livre de desmatamento verificado, totalmente rastreáveis ​​desde as fazendas até seu destino final na Tailândia para a CP Foods. Isto representa um marco significativo para a Charoen Pokphand Foods alcançar cadeias de abastecimento 100% livres de desmatamento até 2025”, afirmou.

Os produtos seguem os protocolos de verificação socioambiental de fornecedores da Bunge e da BKP e foram cultivados em regiões de alta prioridade com zero desmatamento desde 2020, alinhado à data de corte do padrão customizado de originação desenvolvido para a CP Foods. “Adicionar uma camada de tecnologia blockchain aprimora a transparência na rastreabilidade de ponta a ponta que a Bunge já vem fazendo há alguns anos”, afirma Rossano de Angelis Jr, vice-presidente de Agronegócio da Bunge para a América do Sul.

Desde outubro de 2023, as duas empresas dividem uma parceria no desenvolvimento de estudos de viabilidade técnica, comercial e operacional para uma solução de rastreabilidade em blockchain voltada a construção de uma cadeia de suprimentos sustentável e digitalmente integrada. O acordo envolve oleaginosas e seus produtos derivados originados pela Bunge no Brasil com destino a diversos países na Ásia, onde a BKP e a CPF produzem e comercializam rações e alimentos.

O sistema de monitoramento de fornecedores da Bunge cobre, desde 2022, mais de 16 mil fazendas e cerca de 20 milhões de hectares na América do Sul e conta com tecnologia de satélite de última geração, capaz de identificar mudanças no uso do solo e plantio de soja em cada propriedade monitorada. No Brasil, a Bunge monitora, atualmente, toda a sua rede de fornecimento direto em áreas com risco de desmatamento e espera cobrir totalmente a rede indireta, em 2025. Mais de 97% do volume de soja adquirido pela Bunge no País é livre de desmatamento e conversão verificados, o que aproxima a empresa de sua meta de cadeias livres de desmatamento em 2025.

Por Publicado em: 10 de junho de 20240 Comentários