Alerta aos supermercados: fraude com carne podre reforça necessidade de rigor na origem dos produtos

A Delegacia do Consumidor (Decon-RJ) prendeu quatro sócios da Tem Di Tudo Salvados, que arrematou 800 toneladas de proteína animal submersa nas enchentes alegando que faria ração animal. Entretanto, a carga da carne foi vendida para açougues e mercados

Nesta quarta-feira (22), agentes da Decon cumpriram oito mandados de busca e apreensão na sede da empresa Tem Di Tudo Salvados, em Três Rios, no Sul Fluminense, e em endereços ligados aos sócios. Durante as varreduras, policiais encontraram peças de carnes podres ou vencidas e prenderam quatro pessoas em flagrante por vender ou ter em depósito mercadoria imprópria para o consumo.

Sócios da empresa, eles compraram, maquiaram e revenderam para consumo humano proteína animal que ficou submersa por vários dias na enchente histórica de Porto Alegre, em maio do ano passado. Entre os presos, na “Operação Carne Fraca” está um dos donos, Almir Jorge Luís da Silva.

O consultor de Alimento Seguro da ASSERJ, o médico veterinário Flávio Graça, afirma que os compradores de supermercados precisam estar atentos à origem dos alimentos e seus fornecedores. “Os produtos de origem animal devem possuir os selos de inspeção SIF Serviço de Inspeção Federal, SIE, Serviço de Inspeção Estadual, SIM, Serviço de Inspeção Municipal, SISBI Serviço Brasileiro de Inspeção ou o selo ARTE”, informa.

Ele explica que “a veracidade dos selos e respectivos números de registro podem ser checadas respectivamente nos sites do Ministério da Agricultura e Secretaria Estadual de Agricultura. Devem também suspeitar de preços inferiores à média praticada no mercado, principalmente de fornecedores novos ou desconhecidos”.

A ASSERJ reforça a importância de verificar a procedência dos produtos e manter o compromisso com a segurança alimentar para garantir a confiança e a saúde dos consumidores.

Por Publicado em: 22 de janeiro de 20250 Comentários